A Fazenda Engenho Novo localiza-se no bairro de Monjolos,
cidade de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro. O acesso se dá através da
Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), seguindo pela Estrada José de Souza Porto,
Largo da Ideia e Estrada Rio Frio, esta última já dentro da propriedade.
Desde a década de 1990, a Fazenda Engenho Novo é de
responsabilidade do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de
Janeiro (ITERJ) e Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), cujas
atribuições são a desapropriação de terra, objetivando assentamento em área
rural, e a preservação do patrimônio cultural, respectivamente.
As ruínas da Fazenda Engenho Novo remetem a uma viagem no
tempo, que nos transporta aos meados do século XVIII, estendendo-se ao século
XIX, - período em que foi grande produtora de cana-de-açúcar, possuindo
inclusive um engenho de cachaça e açúcar. Seu primeiro proprietário ilustre,
Belarmino Ricardo Siqueira, Barão de São Gonçalo, era amigo pessoal de D. Pedro
II, que se hospedava na Fazenda por ocasião de suas visitas à Freguesia de São
Gonçalo. O barão também tem seu nome citado no livro de Maçons Ilustres.
A Fazenda Engenho Novo era um dos recantos preferidos do
Imperador D. Pedro II. Suas palmeiras foram doadas por D. João VI, o mesmo que
plantou a primeira muda de Palmeira Imperial no Rio de Janeiro.
O monumento guarda formas arquitetônicas do período da
Colônia e do Império. As palmeiras que enfeitam os arredores da casa grande
foram doadas por D. João VI ao primeiro dono da Fazenda, Belarmino Siqueira, o
Barão de São Gonçalo, que lá viveu durante muitos anos, no século XIX. A
Fazenda Engenho Novo era uma das pousadas preferidas da Família Imperial, no
Segundo Reinado, devido à amizade do Barão de São Gonçalo com o Imperador D.
Pedro II. (BRAGA, 1998, p.78).
No século XX, a Fazenda sedeou a primeira corrida
automobilística do Rio de Janeiro, promovida pelo Automóvel Clube , serviu de
cenário para as gravações do filme “Álbum de Família” e para minissérie
“Memorial de Maria Moura”, produzida pela Rede Globo de Televisão. Em 1998 a
Fazenda Engenho Novo foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
(INEPAC), pelo Processo nº E 18/000 662/98.
(Escrito por Cristiane Valladares)
(Escrito por Cristiane Valladares)